Atacante havia prometido marca um gol logo em sua estréia com a camisa do SantosGol prometido, gol marcado. Esse é Rodrigo José dos Santos, ou simplesmente Lima, o artilheiro que o Santos contratou por empréstimo do Astral EC, clube da segunda divisão do futebol paranaense.
Na véspera do jogo, ao ser apresentado como único reforço do técnico Leão para as oitavas-de-final da Copa Libertadores da América, ele prometeu fazer o gol ou apresentar o seu cartão de visita, como disse, na estréia, diante do Cúcuta Deportivo, da Colômbia. E apresentou.
A bola partiu alta dos pés de Betão na direita, Kleber Pereira estava entre os zagueiros, quase na pequena área, saltou, mas não conseguiu alcançá-la. Lima, na trave oposta, teve apenas o trabalho de empurrá-la para as redes. Antes de correr para comemorar, ainda olhou para o bandeirinha. Um gol que abriu o caminho para a vitória que deixa o Santos perto da classificação às quartas-de-final da Libertadores.
"Foi uma grande estréia, embora eu não tenha conseguido jogar tão bem. Dei sorte de estar bem colocado no momento certo", analisou. Na hora do gol, o artilheiro lembrou dos dias difíceis que enfrentou no futebol paranaense, onde teve poucas chances para mostrar o seu futebol, até chegar ao Juventus, no começo do ano. "Lá fiz vários amigos e em especial o Vampeta, que me ajudou e depois ainda recomendou a minha contratação ao professor Leão."
Depois que o Campeonato Paulista acabou para o Juventus, há três semanas, Lima deixou de se preocupar com a condição física, limitando-se a correr um pouco no Parque do Ibirapuera. Por isso chegou ao Santos com dois quilos acima do peso e sem ritmo de jogo. "Sem falar que fiz apenas um coletivo ao lado de Kleber Pereira. Felizmente no jogo deu certo, mas no começo nos atrapalhamos no posicionamento", contou.
Embora tenha 24 anos de idade, a história de Lima no futebol é curta porque apenas aos 22, em 2005, se tornou profissional no Paysandu. No ano seguinte jogou pelo Iraty e J. Malucelli, e em 2007 passou pelo Paraná Clube. "Não sei quantos gols tenho na carreira porque nunca fui de contar." Mas os poucos que marcou foram importantes. No ano passado, nas oitavas-de-final da Libertadores fez um pelo Paraná contra o Cobreloa, do Chile. E no Campeonato Paulista, dos cinco que marcou, um foi em Fábio Costa, outro em Felipe, do Corinthians e o terceiro em Rogério Ceni. "Contra o Palmeiras não fiz porque estava suspenso", esclarece.
Mas, se há uma semana Lima não tinha a menor idéia sobre o seu futuro, agora ele sente que as coisas estão acontecendo rápido demais. E se depender de sua vontade, não sai mais do time. "O gol vai me dar mais confiança para os próximos jogos, e vou me dedicar muito nos treinos para melhorar a minha condição", prometeu, destacando que os maiores desafios foram superados na estréia. "O principal foi fazer o gol que eu queria tanto. Ele é o mais importante de todos porque foi o primeiro com camisa do Santos, que já teve Pelé, e na primeira vez que eu joguei na Vila Belmiro, de tantas histórias", concluiu o novo centroavante santistas.